O percurso de Selbor

"Satolep" tomou como inspiração um livro de fotos, o "Álbum de Pelotas", de 1922. Ali aparecem os velhos casarões, hotéis e praças da cidade. 

 A trama se desenrola a partir do momento em que um desconhecido, numa estação de trem, entrega a Selbor  uma pasta. Ela contém textos que descrevem imagens ainda não tomadas pelas lentes do protagonista. Sem ler os escritos antes, o narrador sai às ruas, faz fotos e, ao retornar, depara-se com elas previamente traduzidas ao papel.  

As fotos são, no entanto, mais do que registros de uma época, elementos fundamentais para a atmosfera feita de névoa, devaneio e mistério criada por Vitor. "Minha imaginação é visual" diz ele.

Quando conversamos com Vitor Ramil sobre o projeto de termos seu livro como tema da Mostra Fotográfica, ele sugeriu que não só as fotografias fossem focalizadas, mas também as cenas nele descritas. 

A idéia é que possamos como o fotógrafo Selbor "aprender a ver" a Satolep de hoje - uma cidade que talvez não exista.